«Como será possível chegar ao ponto de explicar a consciência? Num certo sentido penso que a posição de Dennett é perfeitamente plausível. Por uma razão qualquer, desenvolvemos esta capacidade cerebral imensa, completamente desproporcionada relativamente às nossas necessidades evolutivas; e o que fazemos com essa capacidade é inventar histórias sobre nós mesmos. De certo modo, esta solução é persuasiva. Mas não é realmente satisfatória. O problema metafísico continua em aberto: Por que estamos aqui? Qual é o sentido de tudo isto? Acho que há muita plausibilidade na ideia de que a autoconsciência é uma espécie de ficção, uma espécie de ilusão. Mas não penso que isso signifique necessariamente que a autoconsciência não tem qualquer sentido; afinal, é o que nos faz humanos.»
David Lodge em entrevista a Desidério Murcho, Público , Julho de 2002
1 comentário:
como foi o encontro com o dito-cujo?
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