domingo, fevereiro 04, 2007

Sotão

«Por interstícios das malas abertas de quando éramos
crianças gritam as bocas sem nenhum eco
das bonecas. Criaturas fictícias, escalpelizadas
e sem tintas, de ventre oco. Mas o mortal
lugar do coração está ainda a palpitar.
O bojo do peito de celulóide, como o meu,
pede-nos perdão pela saudade que nos devora.»
28/4/92


Fiama Hassa Pais Brandão, Cena Vivas, Relógio d´Água

2 comentários:

José Mata disse...

http://www.flickr.com/photos/rent-a-moose/319809878/

Apanhada na rede!.. :)
Beijos

Anónimo disse...

já tinha saudades de te vir visitar desta forma p ler os teus fragmentos.
q boa poesia só podia ser de quem é.
obrigada pelos sorrisos q deixas em mim.
beijinhos cheios de saudades.