terça-feira, agosto 15, 2006

De boca a barlavento II

Poeta! todo o poema:
geometria de sangue & fonema
Escuto Escuta

Um pilão fala
árvores de fruto
ao meio dia
E tambores
ergue
na colina
Um coração de terra batida
E lon longe
Do marulho à viola fria
Reconheço o bemol
Da mão doméstica
Que solfeja

Mar monção mar matrimónio
Pão pedra palmo de terra
Pão património

Corsino Fortes, Pão e Fonema, 1974

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