Irrompem caruma e dias
Aparentemente belos, breves…
Erguem-se troncos castanhos e
anos longos.
Estendem-se.
raízes que prendem à terra
ramos que espreguiçam
que anseiam um outro lugar
há resina que cola e que fica
sangue seiva
que teima em não sair das mãos que infligem golpes.
Tudo escorre,
lentamente,
tudo cabe num púcaro
emdoisemtrês
Somos cilindros ocos
resinados à morte.
6 comentários:
É teu? E pergunto-o porque não colocaste autor... está muito bom. É muito bom.
Um Abraço!
Eu também gosto muito, mas....ao contrario da minha série "Sabes de quem é?", este poema não tem charada.....é mesmo teu???
É meu. Muito obrigada, fico feliz por gostarem*
Um belo poema, sem dúvida.
Também gosto muito do poema.
A forma como cresce, a precisão das palavras.
Os golpes, às vezes, são de asa.
Entre o que nos fixa ao castanho familiar e morno das raizes, e o que nos ascende e impele ao cimo, "ânsia de outro lugar", seremos só "cilindros ocos"? E tão escassos? Não sei. Sei que gosto das imagens do pinheiro, da seiva resinosa. Um belo poema, sim, whyme!
bj
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